Contando as Maravilhas de Deus

Salmo 9

Neste salmo, Davi relata a sua luta com os pagãos que invadiram a sua nação. Davi escreve durante uma breve pausa na batalha. Ele celebra uma grande libertação na primeira parte do salmo (vv. 1-12) e pede uma libertação adicional no restante dele (vv. 13-20):

“Ao mestre de canto, segundo a melodia “A morte para o filho”. Salmo de Davi

Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores. Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença; porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente. Repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome. Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória pereceu. Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão. O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam. Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos. Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos. Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação. Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé. Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos. Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus. Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais” (Salmo 9:1-20).

Aliás, este é o ponto onde a numeração dos salmos fica confusa porque algumas versões antigas incluem o décimo salmo como a segunda parte deste salmo. O significado de muthlabben é obscuro.

מוּת ; (Salmo 48) ou מוּת לַבֵּן Muwth lab-ben; com preposição e artigo interpostos; “Morrer pelo filho”, provavelmente o título de uma canção popular.

Versos 1 e 2. Primeiro vemos a libertação passada. O elogio é apropriado; aquele que escolhe contar os feitos do Senhor nunca terá falta de assuntos para falar. Isso deve ser feito de todo o coração. Devemos louvar o nome do Deus Altíssimo.

Versos 3 e 4. A presença do Senhor é importante na batalha. Os inimigos de Davi foram repelidos, mas não por causa de sua coragem. Eles são desfeitos pela presença do Senhor (v. 3). Deus não ficou do lado de Davi arbitrariamente – Ele decidiu por Davi, mas o fez sentado no trono, julgando corretamente (v. 4).

Versos 5-7. E é assim que os destruidores são destruídos. Deus destruiu os ímpios e apagou seu nome para sempre (v. 5). Estes foram os que procuraram fazer nome destruindo cidades. Mas, suas destruições terminaram (v. 6). Em contraste, o Senhor durará para sempre e Seus julgamentos permanecerão (v. 7).

Os julgamentos que permanecem são julgamentos retos. Em seu discurso em “Colina de Marte” (Areópago). O apóstolo Paulo cita a versão grega do Antigo Testamento (a Septuaginta, LXX) deste versículo (v. 8; cf. com Atos 17:31). Jesus Cristo é o culminar deste glorioso processo de derrotar os iníquos. Deus julgará o mundo e ministrará justiça por do Seu glorioso Filho.

Versos 9-11. Deus é um refúgio. Ele é um refúgio para os oprimidos (v. 9), para todos os que estão em dificuldades. Aqueles que conhecem o Seu nome se voltarão para Ele, e Ele não os abandonará (v. 10). Novamente, o Senhor é digno de todo louvor por Seus feitos (v. 11). Deus age na história.

Verso 12. Porque Ele atua na história, o Senhor conduz uma santa investigação. Deus investigará cuidadosamente todo derramamento ilegal de sangue. Aqueles cujo sangue foi derramado e cujo clamor subiu ao céu serão, portanto, vindicados (v. 12).

Mas, a libertação ainda é necessária no futuro. Davi viu Deus operar uma grande libertação, mas ainda está em apuros.

Versos 13 e 14. E então ele pede “misericórdia, Senhor”, pede a Deus que o livre daqueles que o odeiam e que querem matá-lo (v. 13). Seu motivo ao perguntar isso é para que ele pudesse glorificar o nome de Deus (v. 14). Ele pede para ser retirado das portas da morte para poder louvar a Deus nas portas da filha de Sião.

Versos 15 e 16. Os pagãos estão, portanto, afundados. De Deus não se zomba. Os pagãos cavaram a sua própria cova, armaram a sua própria armadilha e foram apanhados nela (v. 15). Deus pendura todos os ímpios invejosos na sua própria forca. É assim que Deus trabalha (v. 16). Pense sobre isso.

הִגָּיוֹן hig̱âyôn (Higgaion): meditação, som solene, dispositivo; meditação, música retumbante, meditação, música retumbante meditação, conspiração.

סֶלָה selá (Selah): suspensão (da música), ou seja, pausa: levantar, exaltar, um termo musical técnico provavelmente mostrando acentuação, pausa, interrupção.

Esta é uma das maneiras pelas quais Deus se dá a conhecer na história – quando os ímpios traiçoeiros caem nas suas próprias armadilhas.

Versos 17 e 18. O que acontece com aqueles que se esquecem de Deus. Os ímpios serão lançados no Sheol (inferno). Isto é o que acontece com todas as nações que se esquecem de Deus (v. 17). Isto porque Deus não deixa os pobres e aflitos esquecidos (v. 18).

Versos 19 e 20. “Levanta-te, ó Senhor.” A oração é para que os homens não prevaleçam e para que os pagãos sejam julgados aos olhos do Senhor (v. 19). Por estarem arrependidos, o salmista pede a Deus que coloque em todos eles o medo, para que saibam que são apenas homens (v. 20).

Em tudo isso, várias aplicações importantes devem nos ocorrer imediatamente:

Primeiro, precisamos compreender o pecado do esquecimento. Esquecer não é desculpa para ter pecado; é outro pecado por si só. As pessoas que se esquecem de Deus são um povo que se encontra sob julgamento e, em última análise, no inferno.

Em segundo lugar, a justiça poética é uma categoria bíblica, e não apenas um artifício para romancistas desajeitados. Deus não apenas faz justiça; Ele faz isso apropriadamente. O tolo pensa que as “quebras” são uma questão do acaso e, ainda assim, que elas sempre vão contra ele de alguma forma. Contudo, Deus governa o mundo através de bênçãos e maldições. Não absolutizamos isto – nos lembremo de Jó e do cego de nascença curado por Jesus – mas, nós cremos firmemente nisso.

E terceiro, o que é o homem? A pergunta pode ser feita de duas maneiras diferentes. Podemos perguntar isso da mesma forma que Davi faz no salmo anterior – referindo-se ao homem sob a graça de Deus. Porém, a questão pode ser feita de outra forma, quando falamos do homem sob julgamento. Quando consideramos que o homem não é grande coisa, devemos nos maravilhar com duas coisas: 1. A bondade de Deus é impressionante; 2. A insolência do homem em não reconhecer também é.

Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião,Rev. Alan Kleber

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